sábado, 16 de fevereiro de 2008

Consciente da vida de inconsciente viver

"... a razão é a razão, e não satisfaz se não a faculdade do raciocínio do homem, enquanto o desejo e a expressão da totalidade da vida, isto é, da vida humana inteira, inclusive a razão e seus escrúpulos; e se bem que nossa vida, tal como se exprime assim, revista freqüentemente de um aspecto muito velhaco, nem por isso é menos vida, e não a extração de raiz quadarada.
Assim comigo, por exemplo: quero viver, naturalmente, a fim de satisfazer minha faculdade de existênica em sua totalidade e não satisfazer unicamente a minha faculdade de raciocínio, que não representa, em suma, senão a vigésima parte das forças que estão em mim. Que sabe a razão? A razão não sabe senão o que aprendeu (ela não saberá nunca outra coisa, provavelmente, e , embora isso não seja uma consolação, não devemos dissimular), ao passo que a natureza humana age com todo o seu peso, por assim dizer, com tudo o que ela contém em si, consciente e inconscientemente; acontece-lhe cometer disparates, mas vive." - Fiodor Dostoiévski em "Memórias do Subsolo"

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Nostalgia...?

Em meio a músicas de tempos atrás... escrevo mas sem reviver; talvez muito mais me compreender.

Então... O que esperar desse ano?
Se é sempre assim, uma espera por algo que se repete.
Esperar, na esperança de não ser mais uma vez, de"novo"... ex-perar.
"Perar"... Que perdura... Pesar.
Apesar de não podermos apenas, não receber algo que já chegou.
E nós enganamos ao esperá-lo: porque o futuro já foi presente e neste instante é passado.